Hoje as famílias da ocupação Eliana Silva completam o quinto dia de resistência e de luta. Convictos da luta justa que estão travando por um direito fundamental do ser humano, a moradia digna, não arredam o pé do terreno baldio, que servia para amontoar lixo e aumentar a insegurança da vizinhança e que hoje pode de fato cumprir função social.
A Prefeitura de Belo Horizonte entrou com o pedido de despejo das famílias. A justificativa da prefeitura é que a área é de proteção ambiental, mas isso não é verdade. Segundo documentos do cartório, que estão em posse do MLB se trata de uma terra devoluta, sem dono que deve ser usada para dar teto a essas centenas de famílias que não tem para onde ir.
“Sua batatinha está assando”
A juíza da 6ª vara, Dra Luzia, depois de pressões da Prefeitura, assinou o despejo. Estamos recorrendo na justiça e aguardando o diálogo. Enquanto isso a força policial tenta intimidar as famílias. Todas as noites, a polícia ronda a ocupação, revista os moradores e joga lazer no rosto dos trabalhadores ocupados. Viaturas do tático-móvel circulam a ocupação com megafone e gritam “Aguardem que a batatinha de vocês está assando”, numa atitude ilegal e truculenta.
No dia de ontem, uma comissão da ocupação foi recebida por parlamentares e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (ALMG) marcou uma audiência pública sobre a ocupação para dia 9 de Maio, às 9h na ALMG. A comissão se comprometeu em visitar a ocupação e ajudar no diálogo com a Prefeitura.
Na assembleia de ontem as famílias reunidas reafirmaram sua disposição de luta e permanecerão no terreno até a construção de todas as casas.
Há poucas semanas de completar 1 ano, a luta das famílias da Ocupação Eliana Silva continua viva e cada vez mais firme. Durante os últimos 11 meses muitos desafios foram superados, vários avanços foram registrados, mas o governo de Antônio Anastasia e o prefeito Márcio Lacerda, ignoram por completo as necessidades básicas dessas famílias de Belo Horizonte. Solucionar os problemas de cerca das 350 famílias é urgente. Somos cidadãos e temos direito à moradia digna.
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